ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS NUMÉRICAS
NÃO DISJUNÇÃO
Eventualmente um fenômeno de separação incorreta dos cromossomos ocorre 
durante a divisão de uma célula. Este erro de separação é chamado não disjunção. O fenômeno pode ocorrer tanto na mitose quanto na meiose.
Quando
 ocorre na meiose, a não disjunção leva à formação de gametas com número
 incorreto de cromossomos. Entretanto, há diferença na proporção de 
gametas anômalos formados dependendo do erro ocorrer na primeira divisão
 (meiose I ou divisão reducional) ou na segunda divisão (meiose II ou 
divisão equacional). Quando há erro na primeira divisão, 100% dos 
gametas gerados tem conteúdo cromossômico anormal (50% com cromossomos a
 mais e 50% com cromossomos a menos). Já se o erro ocorre na segunda 
divisão, 50% dos gametas dserão normais, mas os 50% remanescentes terão 
número incorreto de cromossmomos (25% com cromossomos a mais e 25% com 
cromossomos a menos). 

 
A
 ocorrência de não disjunção mitótica leva a uma condição denominada 
mosaicismo cromossômico. Neste caso, como o erro ocorre em células 
somáticas, uma parte das células do organismo tem constituição 
cromossômica normal e outra parte fica com constituição cromossômica 
anormal. Assim,  do ponto de vista genético, diferentes populações 
celulares coexistem no mesmo organismo.
A não disjunção é a causa principal das anormalidades que envolvem o número dos cromossomos. 
ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS NUMÉRICAS
As
 anomalias cromossômicas numéricas podem ser de dois tipos: as 
euploidias, nas quais há uma alteração envolvendo um conjunto 
cromossômico completo ou seu múltiplo (n, 2n, 3n, etc....) 
e
 as aneuploidias, nas quais o número de cromossomos envolvidos não 
alcança um conjunto cromossômico completo, ou seja, vai de 1 a (n-1) 
cromossomos, a mais ou a menos. O tipo mais comum de aneuploidia é a 
trissomia (presença de 3 cromossomos), mas podemos ter outras formas de 
variação, como a nulissomia, a monossomia e a tetrassomia
Em nossa espécie, a 
euploidia é incompatível com a sobrevida. Triploidia (3n) em natimortos e tetraploidia (4n) em 
molas
 já foram descritas. Já as aneuploidias possuem configurações genéticas 
viáveis, permitindo que inferências sejam feitas em relação à presença 
de cromossomos supra  (a mais) ou infra (a menos) numerários. Em termos 
gerais, poucas combinações genéticas com número de cromossomos alterado 
são viáveis, e, dentre estas, destacamos 3 anomalias que quenvolvem 
cromossomos autossômicos e 4 que envolvem cromossomos sexuais:
Autossômicas - ocorrem indistintamente em homens e mulheres
trissomia do 13, a síndrome de Patau
trissomia do 18, a síndrome de Edwards
trissomia do 21, a síndrome de Down (evite o termo "mongolismo")
Sexuais - ocorrem distintamente em homens e mulheres
femininas
trissomia do X, a síndrome do triplo X (evite o termo "síndrome da superfêmea")
monossomia do X, a síndrome de Turner
masculinas
dissomia do X, trissomia sexual, a síndrome de Klinefelter
dissomia do Y, trissomia sexual, a síndrome do duplo Y (evite o termo "síndrome do supermacho") 
ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS ESTRUTURAIS
Além dos distúrbios envolvendo a alteração do número dos cromossomos, 
temos também as anomalias que afetam a estrutura cromossômica como 
decorrência de quebras cromossômicas seguidas ou não de realocação de 
segmentos cromossômicos em regiões anormais.
Basicamente podemos categorizar estas ocorrências em quatro grupos:
1) 
deleções
neste tipo de anomalia estrutural, uma parte do cromossomo é perdida, 
resultando em monossomia para a região perdida. As deleções podem ser 
intersticiais, quando envolvem 2 pontos de quebra, com perda de um 
segmento interno e subsequente reunião da cromátide ou terminais, quando
 envolvem apenas um ponto de quebra, com perda de toda a extremidade do 
braço da cromátide.
2) 
duplicações
um segmento cromossômico é inserido em um homólogo, resultando na duplicação do segmento
3) 
inversões
nesta tipo de ocorrência, um segmento cromossômico é destacado e, após 
sofrer um giro de 180 graus, é reinserido (ficando com a orientação 
inversa)
4) 
translocação
quando há troca de segmentos entre cromossomos não homólogos, chamamos 
translocação recíproca. se a troca envolve um braço inteiro do 
cromossomo, ela é dita 
Robertsoniana.
 
formado a partir de um erro na segregação, apresenta perda de um dos braços e dusplicação do outro.