CROMOSSOMOS
Os
cromossomos são as unidades básicas da hereditariedade. O estudo destas
estruturas celulares responsáveis pela transmissão das características é
denominado citogenética. Estruturalmente, o cromossomo pode ser
definido como uma unidade filamentosa de DNA altamente enovelada, que é
observada durante o processo de divisão celular. Entretanto, o uso generalizado
levou à associação do termo cromossomo ao material genético de uma célula.
O
enovelamento característico dos cromossomos é decorrente da associação do
filamento de DNA com proteínas (denominadas histonas
e não histonas), constituindo uma
unidade estrutural denominada cromatina.
A cromatina pode ser classificada em
dois grupos gerais: i) a cromatina mais condensada, indisponível para
transcrição dos genes, que é chamada heterocromatina e ii) a cromatina
mais frouxamente enovelada, disponível para transcrição dos genes, denominada eucromatina.
O empacotamento da cromatina é extremamente importante para a viabilidade da
célula. Imagine que você fosse capaz de alinhar os 46 cromossomos que compõe o
genoma nuclear humano. O filamento formado teria cerca de 1,8m! Isso mesmo,
cerca de um metro e oitenta!
As
proteínas que se associam ao DNA para compor a cromatina pertencem basicamente
a dois grupos: i) as histonas, proteínas de caráter básico que são as
responsáveis pelas etapas iniciais de condensação (enovelamento) do DNA e ii)
as proteínas não-histonas, que pertencem a uma ampla variedade de famílias
protéicas e são responsáveis pelas etapas posteriores de condensação e que
culminam com o empacotamento máximo da cromatina, denominado cromossomo. O
cromossomo é, então, o DNA na sua forma mais enovelada (e que se apresenta como
uma molécula em forma de bastão com um comprimento cerca de 10.000 vezes menor
que a molécula de DNA que o originou).
Diversas etapas, inicialmente envolvendo os 5 tipos de histonas (H1, H2a, H2b, H3 e H4) devem ser cumpridas para que o enovelamento possa ser concretizado. A associação com unidades de quatro tipos de histonas em pares (2 unidades de cada um dos tipos H2a, H2b, H3 e H4), denominada octâmero de histonas, é o primeiro passo, formando o nucleossoma, uma estrutura que se assemelha a um colar de contas. A presença da histona H1 nos intervalos do nucleossoma forma o solenóide, que, por sua vez, é enovelado sobre si mesmo gerando uma fibra cromossômica. O empacotamento sequencial das fibras gera o cromossomo propriamente dito.
Diversas etapas, inicialmente envolvendo os 5 tipos de histonas (H1, H2a, H2b, H3 e H4) devem ser cumpridas para que o enovelamento possa ser concretizado. A associação com unidades de quatro tipos de histonas em pares (2 unidades de cada um dos tipos H2a, H2b, H3 e H4), denominada octâmero de histonas, é o primeiro passo, formando o nucleossoma, uma estrutura que se assemelha a um colar de contas. A presença da histona H1 nos intervalos do nucleossoma forma o solenóide, que, por sua vez, é enovelado sobre si mesmo gerando uma fibra cromossômica. O empacotamento sequencial das fibras gera o cromossomo propriamente dito.
Podemos
identificar uma série de elementos na organização estrutural de um cromossomo.
Cada filamento constitui uma cromátide, que possui 2 extremidades denominadas
telômeros. A cromátide é dividida por uma região mais condensada, denominada
centrômero. O centrômero tem papel importante na separação dos cromossomos,
pois é nesta região que se encontra o cinetocóro, complexo proteíco ao qual as
proteínas do fuso de divisão se ligam.
O
centrômero divide a cromátide em dois segmentos: o braço curto (referido como p)
e o braço longo (referido como q). Dependendo da posição que o
centrômero ocupa, podemos classificar os cromossomos em metacêntrico
(centrômero na região central); sub-metacêntrico (centrômero deslocado para uma
das extremidades, estabelecendo um braço que ocrresponde a cerca de 2/3 do
cromossomo e outro correspondente a 1/3); acrocêntrico (centromero nitidamente
deslocado para uma das extremidades) e telocêntrico (centrômero na região
telomérica, fazendo com que o cromossomo apresente apenas 1 braço).
Em
relação ao tamanho, originalmente os cromossomos foram divididos em 7 grupos (A
a G), em ordem decrescente de tamanho:
- grupo A
– cromossomos 1, 2 e 3
- grupo B
– cromossomos 4 e 5
- grupo C
– cromossomos 6 a 12 e X
- grupo D
– cromossomos 13 a 15
- grupo E
– cromossomos 16 a 18
- grupo F
– cromossomos 19 e 20
- grupo G
– cromossomos 21, 22 e Y
Com as
técnicas de bandeamento, cada cromossomo pode ser identificado a partir de seu
padrão de bandas. Estas técnicas consistem no tratamento de uma preparação de
células rompidas que encontravam-se em processo de divisão, que são coradas e
analisadas em microscópio. Com o bandeamento é possível identificar cada um dos
cromossomos. A partir de então, os cromossomos autossômicos são numerados de 1
a 22 em ordem decrescente de tamanho. O par sexual é composto pelos cromossomos
X e Y. Desta forma, a espécie humana apresenta 24 tipos de cromossomos
diferentes: os 22 autosomos, e os sexuais X e Y (que apesar de comporem um par
são diferentes entre si).
Pertencemos ao sistema de determinação sexual XY.
Neste sistema, os machos são heterogaméticos, ou seja, formados a partir da
fecundação envolvendogametas que carreiam cromossomos sexuais diferentes (o
espermatozóide leva o Y e o óvulo leva o X). As fêmeas, por sua vez, são
homogaméticas, ou seja, formadas por gametas que carreiam o mesmo tipo de
cromossomo sexual. Outros tipos de sistema de determinação sexual são o
ZW (comumente observado em aves), no qual as fêmeas são heterogaméticas e os
machos homogaméticos e o sistema X0, no qual não há cromossomo Y. Neste
sistema, as fêmeas são XX e os machos X0, assim, quem tem número par de
cromossomos é fêmea e quem tem número ímpar é macho.
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