Pois bem. Exageros à parte, temos ai um caso de incorporação de cloroplastos da alga marinha Vaucheria litorea por células do epitélio digestório da lesma-do-mar Elysia chlorotica. Interessantemente, os cloroplastos simbiontes mantém a funcionalidade, ou seja, são capazes de realizar a fotossíntese durante meses. Como a lesma se alimenta da alga, o "estoque" de cloroplastos é continuamente renovado!
Os pesquisadores observaram que, nesta associação bizarra, genes da alga foram transferidos horizontalmente para a lesma-do-mar, e este fenômeno capacitou as células do animal a oferecerem um ambiente celular apropriado para a fotossíntese (a maior parte dos genes que comandam a fotossíntese nos vegetais não está no DNA do cloroplasto, e sim no DNA nuclear).
Os estudos são conduzidos pela pesquisadora Mary E. Rumpho, da Universidade do Maine, nos Estados Unidos. Atualmente o grupo está caracterizando a enzima fosforibuloquinase (envolvida no ciclo de Calvin) que, ao que tudo indica, é codificada pelo genoma nuclear da lesma-do-mar.
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