Dois programas que possuem o conteúdo da aula sobre os trabalhos de Mendel
national geographic - Os seis experimentos que mudaram o mundo
http://www.youtube.com/watch?v=tfjDJE4kWhM&feature=related - parte 1
http://www.youtube.com/watch?v=VVIr37xPkk0&feature=related - parte 2
http://www.youtube.com/watch?v=hEdc96wxyZ8&feature=related - parte 3
discovery channel - 100 maiores descobertas
http://www.youtube.com/watch?v=pvaHsMqHuoE
Este blog foi feito para apresentar conceitos de Genética. O responsável é Marcelo Aguiar Costa Lima, biólogo com Bacharelado (UFRJ), Mestrado (UFRJ) e Doutorado (UFRJ) em Ciências Biológicas, na modalidade Genética. http://lattes.cnpq.br/7864985542636759 ESCLAREÇO QUE ESTE BLOG NÃO É PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS NEM SUBSTITUI A BIBLIOGRAFIA DOS CURSOS. SERVE PARA APOIO DE CONTEÚDO.
Researcher ID
VISUALIZAÇÕES NA SEMANA
terça-feira, 27 de abril de 2010
GENÉTICA BÁSICA - CRONOGRAMA DE AVALIAÇÕES DO SEGUNDO MÓDULO
31/05 - AULA PRÁTICA: DIVISÃO CELULAR EM RAIZ DE CEBOLA
07/06 - AULA PRÁTICA: SENSIBILIDADE AO PTC
AULA PRÁTICA: EXTRAÇÃO DE DNA
14/06 - SEMINÁRIOS DE GENÉTICA: TEMA: ABERRAÇÕES CROMOSSÔMICAS E DOENÇAS GÊNICAS.
21/06 - P2 E ENTREGA DOS ESTUDO ORIENTADO.
28/06 - 2ª CHAMADA E VISTA DE PROVA
05/07 - P6
segunda-feira, 12 de abril de 2010
GENÉTICA BÁSICA - ATUALIZAÇÃO DE CONTEÚDOS II
ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS
Eventualmente um fenômeno de separação incorreta dos cromossomos ocorre durante a divisão de uma célula, seja por mitose ou por meiose. Este erro de separação é chamado não disjunção. A não disjunção é a causa principal das anormalidades que envolvem o número dos cromossomos. Mas vamos nos aprofundar um pouco no assunto.
As anomalias cromossômicas numéricas podem ser de dois tipos: as euploidias, nas quais há uma alteração envolvendo um conjunto cromossômico completo ou seu múltiplo (n, 2n, 3n, etc....) e as aneuploidias, nas quais o número de cromossomos envolvidos não alcança um conjunto cromossômico completo, ou seja, vai de 1 a (n-1) cromossomos, a mais ou a menos. Em nossa espécie, a euploidia é incompatível com a sobrevida. Triploidia (3n) em natimortos e tetraploidia (4n) em molas já foram descritas. Já as aneuploidias possuem configurações genéticas viáveis, permitindo que inferências sejam feitas em relação à presença de cromossomos supra ou infranumerários. Em termos gerais, poucas combinações genéticas com número de cromossomos alterado são viáveis.
A não disjunção está diretamente associada ao desencadeamento das síndromes cromossômicas numéricas, já que, na maior parte dos casos, o erro ocorre levando à formação de gametas com número incorreto de cromossomos. Havendo fecundação, o zigoto terá um número anormal e, por conseguinte, todas as células do organismo.
A ocorrência mitótica da não disjunção terá consequências mais ou menos intensas dependendo da fase de desenvolvimento do organismo.
Além dos distúrbios envolvendo a alteração do número dos cromossomos, temos também as anomalias que afetam a estrutura cromossômica como decorrência de quebras cromossômicas seguidas ou não de realocação de segmentos cromossômicos em regiões anormais. elas podem ser:
1) deleções
neste tipo de anomalia estrutural, uma parte do cromossomo é perdida, resultando em monossomia para a região perdida. As deleções podem ser intersticiais, quando envolvem 2 pontos de quebra, com perda de um segmento interno e subsequente reunião da cromátide ou terminais, quando envolvem apenas um ponto de quebra, com perda de toda a extremidade do braço da cromátide.
2) duplicações
um segmento cromossômico é inserido em um homólogo, resultando na duplicação do segmento
3) inversões
nesta tipo de ocorrência, um segmento cromossômico é destacado e, após sofrer um giro de 180 graus, é reinserido (ficando com a orientação inversa)
4) translocação
quando há troca de segmentos entre cromossomos não homólogos, chamamos translocação recíproca. se a troca envolve um braço inteiro do cromossomo, ela é dita Robertsoniana.
Eventualmente um fenômeno de separação incorreta dos cromossomos ocorre durante a divisão de uma célula, seja por mitose ou por meiose. Este erro de separação é chamado não disjunção. A não disjunção é a causa principal das anormalidades que envolvem o número dos cromossomos. Mas vamos nos aprofundar um pouco no assunto.
As anomalias cromossômicas numéricas podem ser de dois tipos: as euploidias, nas quais há uma alteração envolvendo um conjunto cromossômico completo ou seu múltiplo (n, 2n, 3n, etc....) e as aneuploidias, nas quais o número de cromossomos envolvidos não alcança um conjunto cromossômico completo, ou seja, vai de 1 a (n-1) cromossomos, a mais ou a menos. Em nossa espécie, a euploidia é incompatível com a sobrevida. Triploidia (3n) em natimortos e tetraploidia (4n) em molas já foram descritas. Já as aneuploidias possuem configurações genéticas viáveis, permitindo que inferências sejam feitas em relação à presença de cromossomos supra ou infranumerários. Em termos gerais, poucas combinações genéticas com número de cromossomos alterado são viáveis.
A não disjunção está diretamente associada ao desencadeamento das síndromes cromossômicas numéricas, já que, na maior parte dos casos, o erro ocorre levando à formação de gametas com número incorreto de cromossomos. Havendo fecundação, o zigoto terá um número anormal e, por conseguinte, todas as células do organismo.
A ocorrência mitótica da não disjunção terá consequências mais ou menos intensas dependendo da fase de desenvolvimento do organismo.
Além dos distúrbios envolvendo a alteração do número dos cromossomos, temos também as anomalias que afetam a estrutura cromossômica como decorrência de quebras cromossômicas seguidas ou não de realocação de segmentos cromossômicos em regiões anormais. elas podem ser:
1) deleções
neste tipo de anomalia estrutural, uma parte do cromossomo é perdida, resultando em monossomia para a região perdida. As deleções podem ser intersticiais, quando envolvem 2 pontos de quebra, com perda de um segmento interno e subsequente reunião da cromátide ou terminais, quando envolvem apenas um ponto de quebra, com perda de toda a extremidade do braço da cromátide.
2) duplicações
um segmento cromossômico é inserido em um homólogo, resultando na duplicação do segmento
3) inversões
nesta tipo de ocorrência, um segmento cromossômico é destacado e, após sofrer um giro de 180 graus, é reinserido (ficando com a orientação inversa)
4) translocação
quando há troca de segmentos entre cromossomos não homólogos, chamamos translocação recíproca. se a troca envolve um braço inteiro do cromossomo, ela é dita Robertsoniana.
GENETICA ODONTOLOGIA - ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS ESTRUTURAIS
ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS ESTRUTURAIS
Além dos distúrbios envolvendo a alteração do número dos cromossomos, temos também as anomalias que afetam a estrutura cromossômica como decorrência de quebras cromossômicas seguidas ou não de realocação de segmentos cromossômicos em regiões anormais.
Basicamente podemos categorizar estas ocorrências em quatro grupos:
1) deleções
neste tipo de anomalia estrutural, uma parte do cromossomo é perdida, resultando em monossomia para a região perdida. As deleções podem ser intersticiais, quando envolvem 2 pontos de quebra, com perda de um segmento interno e subsequente reunião da cromátide ou terminais, quando envolvem apenas um ponto de quebra, com perda de toda a extremidade do braço da cromátide.
2) duplicações
um segmento cromossômico é inserido em um homólogo, resultando na duplicação do segmento
3) inversões
nesta tipo de ocorrência, um segmento cromossômico é destacado e, após sofrer um giro de 180 graus, é reinserido (ficando com a orientação inversa)
4) translocação
quando há troca de segmentos entre cromossomos não homólogos, chamamos translocação recíproca. se a troca envolve um braço inteiro do cromossomo, ela é dita Robertsoniana.
http://www.algosobre.com.br/biologia/aberracoes-cromosomicas.html
http://clickbio.br.tripod.com/saibamais/anomalias.html
Além dos distúrbios envolvendo a alteração do número dos cromossomos, temos também as anomalias que afetam a estrutura cromossômica como decorrência de quebras cromossômicas seguidas ou não de realocação de segmentos cromossômicos em regiões anormais.
Basicamente podemos categorizar estas ocorrências em quatro grupos:
1) deleções
neste tipo de anomalia estrutural, uma parte do cromossomo é perdida, resultando em monossomia para a região perdida. As deleções podem ser intersticiais, quando envolvem 2 pontos de quebra, com perda de um segmento interno e subsequente reunião da cromátide ou terminais, quando envolvem apenas um ponto de quebra, com perda de toda a extremidade do braço da cromátide.
2) duplicações
um segmento cromossômico é inserido em um homólogo, resultando na duplicação do segmento
3) inversões
nesta tipo de ocorrência, um segmento cromossômico é destacado e, após sofrer um giro de 180 graus, é reinserido (ficando com a orientação inversa)
4) translocação
quando há troca de segmentos entre cromossomos não homólogos, chamamos translocação recíproca. se a troca envolve um braço inteiro do cromossomo, ela é dita Robertsoniana.
http://www.algosobre.com.br/biologia/aberracoes-cromosomicas.html
http://clickbio.br.tripod.com/saibamais/anomalias.html
GENÉTICA ODONTOLOGIA - ESTUDO ORIENTADO
Prezados todos, desculpem o atraso. Não esqueçam de responder e entregar no dia da prova. Bom estudo!
1) Qual das expressões abaixo corresponde à proposição:
"Tipo de alteração cromossômica que resulta da ruptura de cromossomas não homólogos e fusão de segmentos, com trocas de partes" :
( ) deleção
( ) inversão
( ) permuta
( ) translocação
2) Assinale a alternativa correta:
( ) a meiose mantêm constante o número de cromossomos da célula e através do crossing-over, permite que haja troca de genes entre os cromossomos paternos e maternos.
( ) a meiose mantêm constante o número de cromossomos da espécie e impede a ocorrência de variabilidade genética.
( ) a mitose é uma divisão equacional e ocorre na gametogênese normal.
( ) a mitose mantem constante o número de cromossomos da espécie e ocorre em células germinativas
3) As fases do ciclo celular, em ordenação cronológica, são
( ) S, G1, G2, M
( ) G1, G2, S, M
( ) M, G2, S, G1
( ) G1, S, G2, M
4) Em uma espécie cujos gametas tem 12 cromossomos, quantos pares de cromossomos esperamos encontrar em uma célula somática?
( ) 24
( ) 18
( ) 12
( ) 06
5) Que é mosaicismo?
6) Compare a importância da mitose com a da meiose.
7) Diferencie os principais tipos de anomalia cromossômica estrutural
8) Represente esquematicamente os principais tipos de anomalia cromossômica numérica.
9) Descreva os principais eventos celulares que ocorrem nas fases do ciclo celular.
1) Qual das expressões abaixo corresponde à proposição:
"Tipo de alteração cromossômica que resulta da ruptura de cromossomas não homólogos e fusão de segmentos, com trocas de partes" :
( ) deleção
( ) inversão
( ) permuta
( ) translocação
2) Assinale a alternativa correta:
( ) a meiose mantêm constante o número de cromossomos da célula e através do crossing-over, permite que haja troca de genes entre os cromossomos paternos e maternos.
( ) a meiose mantêm constante o número de cromossomos da espécie e impede a ocorrência de variabilidade genética.
( ) a mitose é uma divisão equacional e ocorre na gametogênese normal.
( ) a mitose mantem constante o número de cromossomos da espécie e ocorre em células germinativas
3) As fases do ciclo celular, em ordenação cronológica, são
( ) S, G1, G2, M
( ) G1, G2, S, M
( ) M, G2, S, G1
( ) G1, S, G2, M
4) Em uma espécie cujos gametas tem 12 cromossomos, quantos pares de cromossomos esperamos encontrar em uma célula somática?
( ) 24
( ) 18
( ) 12
( ) 06
5) Que é mosaicismo?
6) Compare a importância da mitose com a da meiose.
7) Diferencie os principais tipos de anomalia cromossômica estrutural
8) Represente esquematicamente os principais tipos de anomalia cromossômica numérica.
9) Descreva os principais eventos celulares que ocorrem nas fases do ciclo celular.
quinta-feira, 8 de abril de 2010
MITO OU VERDADE? CURIOSIDADE PARA TODOS
Um aluno do curso de CB me questionou sobre uma matéria da revista superinteressante (MARÇO DE 2010) que falava de um animal fotossintético, que seria uma "fusão de animal e vegetal", segundo a revista
Pois bem. Exageros à parte, temos ai um caso de incorporação de cloroplastos da alga marinha Vaucheria litorea por células do epitélio digestório da lesma-do-mar Elysia chlorotica. Interessantemente, os cloroplastos simbiontes mantém a funcionalidade, ou seja, são capazes de realizar a fotossíntese durante meses. Como a lesma se alimenta da alga, o "estoque" de cloroplastos é continuamente renovado!
Os estudos são conduzidos pela pesquisadora Mary E. Rumpho, da Universidade do Maine, nos Estados Unidos. Atualmente o grupo está caracterizando a enzima fosforibuloquinase (envolvida no ciclo de Calvin) que, ao que tudo indica, é codificada pelo genoma nuclear da lesma-do-mar.
Pois bem. Exageros à parte, temos ai um caso de incorporação de cloroplastos da alga marinha Vaucheria litorea por células do epitélio digestório da lesma-do-mar Elysia chlorotica. Interessantemente, os cloroplastos simbiontes mantém a funcionalidade, ou seja, são capazes de realizar a fotossíntese durante meses. Como a lesma se alimenta da alga, o "estoque" de cloroplastos é continuamente renovado!
Os pesquisadores observaram que, nesta associação bizarra, genes da alga foram transferidos horizontalmente para a lesma-do-mar, e este fenômeno capacitou as células do animal a oferecerem um ambiente celular apropriado para a fotossíntese (a maior parte dos genes que comandam a fotossíntese nos vegetais não está no DNA do cloroplasto, e sim no DNA nuclear).
Os estudos são conduzidos pela pesquisadora Mary E. Rumpho, da Universidade do Maine, nos Estados Unidos. Atualmente o grupo está caracterizando a enzima fosforibuloquinase (envolvida no ciclo de Calvin) que, ao que tudo indica, é codificada pelo genoma nuclear da lesma-do-mar.
quarta-feira, 7 de abril de 2010
GENÉTICA MOLECULAR - links tradução et al
ANIMAÇÕES INTERESSANTES SOBRE TRADUÇÃO
tradução com legendas
simples e conciso
bem bolado e interessante
PARA APROFUNDAMENTO NO ASSUNTO
aula UFPE
tradução com legendas
simples e conciso
bem bolado e interessante
PARA APROFUNDAMENTO NO ASSUNTO
aula UFPE
GENÉTICA MOLECULAR - SÍNTESE DE PROTEÍNAS
TRADUÇÃO - do gene à proteína
Após a síntese de RNAs, o passo subsequente para concluir a expressão gênica é a conversão da informação contida na molécula de RNA mensageiro (na forma de uma sequência de nucleotídeos) em uma cadeia de aminoácidos, que é o polipeptídeo. Desta forma, finalizamos o conjunto de eventos que envolve as propriedades funcionais do DNA.
A informação é decodificada em um sistema que envolve a interação entre mRNA e o tRNA, intermediada pelos ribossomos. Os ribossomos são estruturas supramoleculares compostas de rRNA e proteínas, que possuem duas sub unidades: a sub unidade maior e a sub unidade menor. Esta organização básica é comum entre procariontes e eucariontes, entretanto, os elementos (rRNA e proteínas) são diferentes. Desta forma, é possível diferenciar os ribossomos dos dois grupos. Os ribossomos procariontes possuem uma subunidade (maior) com coeficiente de sedimentação em gradiente de densidade de 50S (Svedberg) e outra (menor) com 30S. A estrutura completa, com o arranjo das duas subunidades apresenta coeficente de 70S. Já nos eucariontes, a subunidade maior tem 60S e a menor 40S, constituindo uma estrutura de 80S.
O sistema de decodificação, conhecido como código genético, permite que a informação contida em uma sequência de nucleotídeos seja convertida em uma sequência de aminoácidos. No processo, cada conjunto de 3 nucleotídeos do mRNA (chamado de códon, trinca ou triplet) é correspondente a um aminoácido na proteína. A alocação do aminoácido é especificada pelo pareamento entre o códon do mRNA e o anti-códon do tRNA.
No código genético, das 64 combinações de 3 nucleotídeos possíveis, 3 não determinam a alocação de aminoácidos (não há tRNA com anticodon complementar). Estes códons são denominados códons de parada (stop codon) ou códons de terminação (comumente UAA; UAG e UGA).Das 61 combinações restantes, 1 determina o início da síntese, sendo denominado códon de início (AUG). Este códon especifica o aminoácido metionina. Os 60 códons restantes determinam os outros 19 aminoácidos que compõe as proteínas.
As principais características do código genético são:
1 - universalidade
é partilhado pela grande maioria dos organismos, com poucas exceções
2 - redundância ou degeneração
um mesmo aminoácido pode ser codificado por mais que um códon (veja a tabela do código genético)
3 - não ambiguidade
os códons são específicos para seus respectivos aminoácidos, ou seja, um códon sempre determina o mesmo aminoácido, não havendo variação
Uma particularidade do código genético é o códon de início, que também determina o aminoácido metionina. Para ser o códon de início é necessário que haja reconhecimento de sequências específicas no mRNA, ou seja, não é qualquer AUG no mRNA que determina o começo da tradução. Em procariontes, o códon de inicio é adjacente a uma sequencia nucleotídica específica, denominada sequência de Shine-Dalgarno (AGGAGGU), que dista cerca de 6 nucleotídeos do AUG e é reconhecida pelo rRNA 16S que compõe a subunidade menor do ribossomo.
Nos eucariontes, a identificação do códon de início também requer o reconhecimento de uma sequência específica no mRNA, a sequência de Kozak (GACACCAUGG) que contém o AUG.
Podemos dividir a tradução em diferentes etapas. Para que o processo tenha início, os tRNAs são ativados, ou seja, tem aminácidos ligados a seu braço aceptor. A enzima responsável pelo processo é a aminoaciltRNA sintetase, em uma reação de duas fases. Primeiro a enzima se liga a ATP e ao aminoácido e, em seguida, ocorre a ligação do aminoácido ao tRNA. A especificidade da ligação é assegurada pela ocorrência de uma aminoaciltRNA sintetase para cada um dos 20 diferentes aminoácidos. Após a ligação do aminoácido o tRNA é chamado tRNA ativado, e é referido com a indicação do aminoácido que carrega (por exemplo, o tRNA ativado da metionina é denominado tRNAMet). Somente os tRNAs ativados são capazes de interagir com os ribossomos na tradução.
O processo de síntese propriamente dito começa com a formação do complexo de pré-iniciação, composto pela subunidade menor do ribossomo, pelo tRNAMet e por proteínas específicas denominadas fatores de iniciação (IFs). Este complexo reconhece o códon de iniciação e, após este reconhecimento, a subunidade maior do ribossomo é integrada ao sistema. A partir deste momento, cada códon do mRNA será reconhecido pelo seu respectivo tRNA através do anticodon, com o deslocamento do ribossomo ao longo da cadeia do mensageiro. Estes eventos aão conhecidos como alongamento (crescimento da cadeia polipeptídica) e translocação (movimentação sobre o mRNA). Proteínas denominadas EFs (fatores de alongamento) participam nesta etapa. O término da tradução ocorre quando o ribossomo alcança o códon de parada, permitindo que outras proteínas, denominadas fatores de liberação (RFs), se liguem ao ribossomo e determinem a dissociação das duas subunidades ribossomais, com liberação do polipeptídeo sintetizado (para visualizar o processo, não deixe de assistir às animações indicadas no link da aula 5).
Após a síntese de RNAs, o passo subsequente para concluir a expressão gênica é a conversão da informação contida na molécula de RNA mensageiro (na forma de uma sequência de nucleotídeos) em uma cadeia de aminoácidos, que é o polipeptídeo. Desta forma, finalizamos o conjunto de eventos que envolve as propriedades funcionais do DNA.
A informação é decodificada em um sistema que envolve a interação entre mRNA e o tRNA, intermediada pelos ribossomos. Os ribossomos são estruturas supramoleculares compostas de rRNA e proteínas, que possuem duas sub unidades: a sub unidade maior e a sub unidade menor. Esta organização básica é comum entre procariontes e eucariontes, entretanto, os elementos (rRNA e proteínas) são diferentes. Desta forma, é possível diferenciar os ribossomos dos dois grupos. Os ribossomos procariontes possuem uma subunidade (maior) com coeficiente de sedimentação em gradiente de densidade de 50S (Svedberg) e outra (menor) com 30S. A estrutura completa, com o arranjo das duas subunidades apresenta coeficente de 70S. Já nos eucariontes, a subunidade maior tem 60S e a menor 40S, constituindo uma estrutura de 80S.
O sistema de decodificação, conhecido como código genético, permite que a informação contida em uma sequência de nucleotídeos seja convertida em uma sequência de aminoácidos. No processo, cada conjunto de 3 nucleotídeos do mRNA (chamado de códon, trinca ou triplet) é correspondente a um aminoácido na proteína. A alocação do aminoácido é especificada pelo pareamento entre o códon do mRNA e o anti-códon do tRNA.
No código genético, das 64 combinações de 3 nucleotídeos possíveis, 3 não determinam a alocação de aminoácidos (não há tRNA com anticodon complementar). Estes códons são denominados códons de parada (stop codon) ou códons de terminação (comumente UAA; UAG e UGA).Das 61 combinações restantes, 1 determina o início da síntese, sendo denominado códon de início (AUG). Este códon especifica o aminoácido metionina. Os 60 códons restantes determinam os outros 19 aminoácidos que compõe as proteínas.
As principais características do código genético são:
1 - universalidade
é partilhado pela grande maioria dos organismos, com poucas exceções
2 - redundância ou degeneração
um mesmo aminoácido pode ser codificado por mais que um códon (veja a tabela do código genético)
3 - não ambiguidade
os códons são específicos para seus respectivos aminoácidos, ou seja, um códon sempre determina o mesmo aminoácido, não havendo variação
Uma particularidade do código genético é o códon de início, que também determina o aminoácido metionina. Para ser o códon de início é necessário que haja reconhecimento de sequências específicas no mRNA, ou seja, não é qualquer AUG no mRNA que determina o começo da tradução. Em procariontes, o códon de inicio é adjacente a uma sequencia nucleotídica específica, denominada sequência de Shine-Dalgarno (AGGAGGU), que dista cerca de 6 nucleotídeos do AUG e é reconhecida pelo rRNA 16S que compõe a subunidade menor do ribossomo.
Nos eucariontes, a identificação do códon de início também requer o reconhecimento de uma sequência específica no mRNA, a sequência de Kozak (GACACCAUGG) que contém o AUG.
Podemos dividir a tradução em diferentes etapas. Para que o processo tenha início, os tRNAs são ativados, ou seja, tem aminácidos ligados a seu braço aceptor. A enzima responsável pelo processo é a aminoaciltRNA sintetase, em uma reação de duas fases. Primeiro a enzima se liga a ATP e ao aminoácido e, em seguida, ocorre a ligação do aminoácido ao tRNA. A especificidade da ligação é assegurada pela ocorrência de uma aminoaciltRNA sintetase para cada um dos 20 diferentes aminoácidos. Após a ligação do aminoácido o tRNA é chamado tRNA ativado, e é referido com a indicação do aminoácido que carrega (por exemplo, o tRNA ativado da metionina é denominado tRNAMet). Somente os tRNAs ativados são capazes de interagir com os ribossomos na tradução.
O processo de síntese propriamente dito começa com a formação do complexo de pré-iniciação, composto pela subunidade menor do ribossomo, pelo tRNAMet e por proteínas específicas denominadas fatores de iniciação (IFs). Este complexo reconhece o códon de iniciação e, após este reconhecimento, a subunidade maior do ribossomo é integrada ao sistema. A partir deste momento, cada códon do mRNA será reconhecido pelo seu respectivo tRNA através do anticodon, com o deslocamento do ribossomo ao longo da cadeia do mensageiro. Estes eventos aão conhecidos como alongamento (crescimento da cadeia polipeptídica) e translocação (movimentação sobre o mRNA). Proteínas denominadas EFs (fatores de alongamento) participam nesta etapa. O término da tradução ocorre quando o ribossomo alcança o códon de parada, permitindo que outras proteínas, denominadas fatores de liberação (RFs), se liguem ao ribossomo e determinem a dissociação das duas subunidades ribossomais, com liberação do polipeptídeo sintetizado (para visualizar o processo, não deixe de assistir às animações indicadas no link da aula 5).
GENÉTICA BÁSICA - ATUALIZAÇÃO DE CONTEÚDOS
Para estes conteúdos podemos utilizar o material postado para a turma de Genética para Odontologia
para facilitar, vinculo os links aos assuntos
ciclo celular e mitose
material de apoio - ciclo celular e mitose
meiose e cromossomos
Tenham uma boa semana!
para facilitar, vinculo os links aos assuntos
ciclo celular e mitose
material de apoio - ciclo celular e mitose
meiose e cromossomos
Tenham uma boa semana!
GENÉTICA BÁSICA - ATUALIZAÇÃO DE CRONOGRAMA DE CURSO
08/03 - APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA, CRONOGRAMA E CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO. IMPORTÂNCIA DA GENÉTICA. CONCEITOS BÁSICOS EM GENÉTICA.
15/03 - CICLO CELULAR
22/03 - MITOSE
29/03 - MEIOSE
05/04 - CROMOSSOMOS
12/04 - ANOMALIAS CROMOSSÔMICAS
17/04 - ESTUDO ORIENTADO (SÁBADO)
19/04 - P1 E ENTREGA DO ESTUDO ORIENTADO
26/04 - AULA PRÁTICA 1: MITOSE EM RAIZ DE CEBOLA
03/05 - OS TRABALHOS DE MENDEL. HIBRIDISMOS E LEIS DE MENDEL
10/05 - MECANISMOS DE HERANÇA I. INTERAÇÕES ALÉLICAS. DOMINÂNCIA, AUSÊNCIA DE DOMINÂNCIA, POLIALELIA, ALELOS LETAIS.
15/05 - ESTUDO ORIENTADO (SÁBADO)
17/05 - MECANISMOS DE HERANÇA II. DETERMINAÇÃO DO SEXO E HERANÇA LIGADA AO SEXO
24/05 - DETERMINAÇÃO DO SEXO E HERANÇA LIGADA AO SEXO. PENETRANCIA E EXPRESSIVIDADE GÊNICA.
31/05 - GRUPOS SANGUÍNEOS E ERITROBLASTOSE FETAL.
07/06 - AULA PRÁTICA: SENSIBILIDADE AO PTC
AULA PRÁTICA: EXTRAÇÃO DE DNA
14/06 - SEMINÁRIOS DE GENÉTICA: APRESENTAÇÃO DE TRABALHOS. TEMA: ABERRAÇÕES CROMOSSÔMICAS E DOENÇAS GÊNICAS.
21/06 - P2 E ENTREGA DOS ESTUDOS ORIENTADOS.
28/06 - 2ª CHAMADA E VISTA DE PROVAS
05/07 - P6
OBSERVAÇÕES:
NOTA DE P1: 8,0
NOTA DO ESTUDO ORIENTADO 01: 1,0
NOTA DA AULA PRÁTICA 1: 1,0
NOTA DE P2: 7,0
NOTA DOS SEMINÁRIOS: 2,0
NOTA DA AULA PRÁTICA E ESTUDO ORIENTADO: 1,0
LIVRO TEXTO:
1. GRIFFITHS, A. J. F. e colaboradores 2008. Introdução à Genética. 9 ed., Ed. Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro.
2. PIERCE, BENJAMIN A. 2004. Genética: Um enfoque conceitual. 1ª ed., Ed. Guanabara-Koogan, Rio de Janeiro
GENÉTICA MOLECULAR - ESTUDO ORIENTADO
1) Como é a estrutura de um nucleotídeo?
(a) uma hexose, um açúcar e uma base nitrogenada
(b) um grupamento fosfato, uma hexose e uma base nitrogenada
(c) um grupamento fosfato, um açúcar e uma base nitrogenada
(d) um açúcar, um grupamento fosfato e um aminoácido
2) Em um genoma animal foi determinado que o conteúdo de timina é de 28%. Assim:
(a) o conteúdo de citosina é 72%
(b) o conteúdo de citosina é 22%
(c) o conteúdo de citosina é 40%
(d) o conteúdo de citosina é 14%
3) A enzima aminoacil tRNA sintetase é responsável por:
(a) adicionar um aminoácido no braço do anticódon do tRNA
(b) adicionar um nucleotídeo no braço do anticódon do tRNA
(c) adicionar um aminoácido no braço aceptor do tRNA
(d) adicionar um nucleotídeo no braço aceptor do tRNA
4) A estrutura dos ribossomos eucariótico e procariótico é diferente, podendo ser evidenciada através de separação em gradiente de densidade. Entretanto, guardam em comum o fato de:
(a) serem compostas por uma unidade
(b) serem compostas por duas unidades
(c) serem compostas por três unidades
(d) serem compostas por quatro unidades
5) Ao passo que os hnRNAs possuem exons e introns, os mRNAs somente possuem:
(a) introns
(b) promotores
(c) exons
(d) adeninas
6) Discuta a importância da atividade exonuclease apresentada pelas DNA polimerases.
7) Diferencie a DNA polimerase da RNA polimerase em termos funcionais
8) Como é feita a decodificação da informação genética?
9) Se existem apenas 20 aminoácidos essenciais, como justificar a ocorrência de 61 códons codificadores ?
10) Especifique a função dos RNAs encontrados em uma célula eucarionte.
11) Descreva os processos de replicação, transcrição e tradução
12) Quais são as etapas do processamento do mRNA? Qual a importância de cada uma delas?
GENÉTICA MOLECULAR - RNAs
Os produtos da transcrição são os RNAs. Estas moléculas estão associadas a uma série de eventos biológicos, apesar se serem mais diretamente associadas ao processo de síntese de proteínas. Pois os RNAs participam de processos como modificação química de moléculas, regulação da expressão gênica e seleção e transporte molecular. Além dos mais comumente mencionados, que são os RNAs ribossomal (rRNA), transportador ou de transferência (tRNA) e mensageiro (mRNA), podemos identificar uma série de outros RNAs, em partuicular nas células eucarióticas. São eles: hnRNA(heterogeneous nuclear RNA ou RNA heterogêneo nuclear, ou pré- mRNA), snRNA (small nuclear RNA ou RNA pequenos nucleares), scRNA (small cytoplasmic RNA ou RNA pequeno citoplasmático), snoRNA (small nucleolar RNA ou RNA pequeno nucleolar) e o miRNA (micro RNA).
Em geral os RNAs são sintetizados pela célula na forma de precursores e, para que estes alcancem o estado maduro (biologicamente funcional), é necessário que ocorram algumas modificações. Os sistemas de modificação de precursores de RNA (também chamado processamento) mais bem conhecidos são os que envolvem os 3 RNAs mais abundantes:
1 - RNA ribossomal
estes RNAs são sintetizados como precursores longos que possuem informação para mais que um rRNA. Após clivagem por nucleases, os rRNAssão formados e adquirem sua estrutura característica
2 - RNA transportador
neste tipo de RNA, também produzido como um precursor que contém informação de vários tRNAs, além da clivagem executada por nucleases, há uma etapa adicional: aA adição do trinucleotídeo CCA na extremidade 3´, que ocorre em TODOS os tRNAs e é catalisada por tRNA nucleotidiltransferases
3 - RNA mensageiro
a maturação do precursor do mRNA, que é o hnRNA, em mRNA possui 3 etapas importantes: o capeamento, a poliadenilação e a remoção dos introns.
3.a - o capeamento consiste na adição, em uma ligação nucleotídica atípica do tipo 5´- 5´, de uma 7-metilguanosina na extremidade 5´ do transcrito primário. A enzima que realiza o processo é uma guanililtransferase. O nucleotídeo adicionada é referido como cap (ou quépe) e tem dupla função: proteger a extremidade contra ataque de nucleases citoplasmáticas e permitir que o complexo de pré-iniciação da tradução reconheça a extremidade do mRNA para que ocorra a síntese de proteínas.
3.b - a poliadenilação consiste na adição de uma sequência de adenosinas (de 100 a 300 em geral) na extremidade 3´ do transcrito. É realizada pela enzima poliA polierase. O filamento de adenosinas produzido é referido como cauda poli A.
3.c - a remoção dos introns é um processo complexo conduzido pelos snRNAs. O hnRNA é composto de porções que estarão presentes no mensageiro (os exons) e porções que não codificam informações da proteína (os introns). Estas porções não codificadoras são removidas para que a informação fique com a sequência adequada.
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